História profissional

Currículo
Fonte: http://nexusintercambio.com/

 

Pequena história, ou currículo, em formato de prosa

 

No decorrer dos anos tive o privilégio e trabalhar com pessoas incríveis, tecnologias legais e em lugares muito especiais. Com tanto privilégio, qualquer um teria um pouquinho de história pra contar, e de repente algo pra compartilhar, e esse texto aqui é um pouco de minha história.

Aviso importante: como vou falar de uma série de projetos, pessoas e lugares ótimos por onde tive o privilégio de passar, esse texto aqui vai soar bastante como propaganda. Vou me dar uma licença para deixar assim mesmo por enquanto.

Pré história

Comecei em Brodowski, interior de São Paulo, nessa linha de gostar de tecnologia. Em algum momento consegui acesso a computadores na escola, uns 386 de tela de fósforo verde e impressora matricial (sem internet, claro). E fiquei apaixonado em como a gente consegue escrever códigos para a máquina realizar funções e nos dar tempo pra outras coisas (no meu caso ler e acampar). Aprendi Basic, Cobol, Wordstar, e por ai vai. Comecei a fazer bicos, principalmente com diagramação para gráficas locais, e arriscar os primeiros softwares.

Faculdade

No início da década de 90 era hora de escolher a faculdade. Vindo de uma condição onde não era uma opção muito viável fazer faculdade particular, o jeito foi estudar bastante (em uma ótima escola pública, aliás) e tentar uma universidade pública. Consegui de novo um privilégio, e comecei a estudar Engenharia de Computação na Unicamp. Na época ainda não existia o instituto de computação, e meu curso era um departamento dentro da matemática aplicada, o DCC (departamento de ciências de computação). Depois, durante minha graduação fomos “promovidos” a um instituto independente. Estudava coisas super modernas como uma tecnologia que estava sendo projetada e que prometia revolucionar os periféricos, chamada USB. Acompanhei a popularização de algo chamado Internet. Tudo guiado por professores e pesquisadores excepcionais, ajudando nas reflexões sobre isso. Me uni a grupos libertários como a Rádio Muda e outros movimentos por democratização da informação e privacidade. Foi mágico. Como pós graduação fiz várias cadeira em Gestão de Inovação como aluno especial, e uma especialização em Gerenciamento de projetos. Fiz outra especialização curta, na forma de curso de extensão e totalmente online, em inovação, pela Universidade de Maryland.

Genética e primeiro congresso

Ainda na faculdade, me envolvi com pesquisas, com bolsa da Fapesp. Trabalhei por um tempo no Departamento de Física Nuclear e Engenharia Genética, sendo a única pessoa da área de software em um instituto de pessoas doutoras em biologia. Participei de meu primeiro congresso internacional, viajei de avião pra isso. Foi legal.

Polônia

Durante a faculdade me deu vontade de aprender outras línguas (no caso, inglês, que eu tinha meio que organicamente devido a leituras e filmes).  Tranquei  a faculdade por um tempo, passei parte desse tempo trabalhando em tempo integral para comprar passagem, e parti rumo à Cracóvia, na Polônia. Através de meus contatos em pesquisa, consegui trabalhar com software, implementando simulações numéricas, no Departamento de Física Nuclear da Universidade de Cracóvia. Mas mais do que a tecnologia, o fato de mergulhar de cabeça em outra cultura e outra língua foi algo que expandiu muito minha consciência. Wow, quanto aprendizado! Sairia um livro, então paro aqui.

Profissão

O meu CV completinho e tals está no Linkedin, então aqui vai como prosa. Não vou nomear todas as empresas, projetos e clientes aqui, mas foram vários tamanhos (desde startups a empresas com milhares de pessoas), vários países e continentes, várias verticais da indústria.

 

Com desenvolvedor ou gerente de projetos pude trabalhar em coisas muito bacanas, com alguns destaques:
  • Projetos puramente científicos, como os listados acima na parte da universidade. Muito linux e C.
  • Automação predial e comercial
  • Ajudei a implementar a primeira versão de sistemas de pagamento de cartão de crédito com chip, junto à um consórcio internacional chamado EMV. Se você faz pagamentos com cartão, talvez tenha código meu envolvido 🙂
  • Muito software embarcado, automação de várias universidades, radares de trânsito, etc.
  • O embarcado me levou organicamente ao desenvolvimento móvel, onde passei a trabalhar fortemente primeiro com Symbian, e depois Android. Deve ter código meu lá ainda, fui parte do time que colocou em produção, em um dispositivo real, o primeiro Android 3.o (para tablets).
  • O desenvolvimento móvel acabou levando a desenvolvimento de IDEs para se trabalhar com isso. Trabalhei com uma equipe fenomenal desenvolvendo o IDEs para desenvolvimento Android. Me parece que tem muito disso no atual Android Studio. Com isso tive experiência de trabalhar como desenvolvedor e posteriormente gerente de projetos dentro da comunidade Eclipse, em projetos como Sequoyah e Tools For Mobile Linux, que criaram uma versão do Eclipse pra essas coisas. Com isso aprendi um pouco sobre comunidades Open Source. Bons tempos.

Curiosidade: nunca programei nada de web em si, já criei bibliotecas para envio de e-mail em hardware embarcado, mas não web. Minhas primeiras incursões em html, css e configurações de servidores de DNS se deram agora, essa semana, ao montar esse site aqui mesmo.

Analista de Inovação

Além de trabalhar com projetos e como consultor (mais abaixo), tive um período super interessante como Analista de Inovação. O papel era mais ou menos horizontal pelas empresas por onde tive esse papel. Sem atuação em um cliente ou projeto em específico, mas sim a nível de organização. Em linhas gerais eram 4 frentes:

  1. Assessoria a projetos internos, tentando garantir compartilhamento de aprendizados e melhores práticas entre times.
  2. Conexões com comunidade externa, congressos, eventos, universidades, para conectar a empresa ao que ocorre lá fora.
  3. Provas de conceito para novas propostas de valor.
  4. Gestão de propriedade intelectual.

Foi uma época muito legal também, muitas conexões, muitas experimentações. Cheguei a apresentar um trabalho em um congresso sobre desastres naturais, por exemplo. Nessa época comecei a participar de projetos grandes, muito grandes. Pense em drones, submarinos, tráfego aéreo, inteligência artificial usada para investigações.

Consultor

Ainda por vir… devo escrever essa semana

 

Gerente geral

Ainda por vir… devo escrever essa semana