Decisões, um bônus da liderança? 

Pessoa escolhendo que caminho seguir
Fonte: http://www.imagenslivres.com

Quando teve que tomar sua última decisão? Foi fácil? Decisões são uma das principais responsabilidades da liderança, e existem modelos que nos ajudam a tomá-las ou a arquitetar ambientes que propiciem decisões mais colaborativas.

 

Esse pequeno texto é o primeiro de uma série de artigos  que pretendo escrever sobre esse tema de liderança e processos decisórios. Aqui se trata mais de uma introdução, nos próximos textos pretendo aprofundar um pouco mais alguns processos, com suas bases teóricas e exemplos práticos

 


 

Um das responsabilidades mais importantes da liderança

Uma das coisas mais importantes que aprendi em minha jornada tentando me tornar um líder melhor se trata da importância e da necessidade de se tomar decisões. As pessoas esperam decisões, o negócio necessita das decisões. No passado e com um olhar talvez mais ingênuo, eu pensava que a tomada de decisões era um privilégio de posições de liderança, um dos bônus do papel. Hoje, um pouco mais maduro (ou mais velho mesmo), muitas vezes penso o contrário:

 

A tomada de decisões não raro acaba sendo o ônus do papel. Algo difícil, mas necessário.

 

No mundo real existem restrições (prazo, orçamento, pessoal, etc.) e dualismos inerentes ao processo que tornam difícil (senão impossível) uma decisão importante que agrade tanto a gregos quanto a troianos. Ou uma que não signifique uma troca, às vezes acompanhada de risco. E há o tempo, não se pode esperar para sempre, o mundo não para.

 

Nada se cria. Ou, pelo menos, não precisamos recriar a roda sempre

 

Mas há muito conhecimento acumulado nessa área que pode ser aproveitado, adaptado e servir de inspiração. Não precisamos reinventar a roda sempre, podendo partir de algo já testado e estudado. Ver o que funciona, e o que não funciona, para cada caso. São inúmeros os modelos para tomada de decisão, como o modelo do ator racional, lógica das consequências, lógica da responsabilidade, análise de cenários, regras pré-definidas, burocracias, coalizões, etc. etc.

 

“Essencialmente, todos os modelos estão errados, mas alguns são úteis”

A frase acima foi dita pelo estatístico britânico George Edward Pelham Box, e sempre lembro dela quando penso em modelos, processos e coisas do gênero. Há muitos modelos disponíveis, mas é claro que cada situação na vida real é diferente e não tenho a inocência de pensar que exista um modelo único e que resolva  todos os problemas. Ainda assim, o interessante em se estudar análise organizacional, processos decisórios e modelos de gestão é termos um ferramental mais amplo, um embasamento teórico-prático, para  analisar organizações, fazer sentido delas, e com isso talvez encontrar melhores ferramentas para atuar em cada caso. Provavelmente em uma mesma organização vários modelos serão coerentes e coexistirão.

Esse pequeno texto é o primeiro de uma série de artigos  que pretendo escrever sobre esse tema de liderança e processos decisórios. Vou atualizar a sequência de links abaixo à medida em que a série vai sendo publicada.

Toda a série acerca de processos decisórios:

  1. O primeiro texto é esse próprio artigo
  2. O segundo, onde exploro diferenças entre tomar decisões em momentos de crise ou de busca de inovação é Existe uma lógica melhor para decisões em momentos de crise?
  3. O terceiro texto da série, onde discuto decisões em tempos de planejamento versus decisões em tempo de execução é Decisões de planejamento são diferentes de decisões de execução
  4. O quarto texto, começando a falar sobre decisões colaborativas é Decisões colaborativas através de Arenas de Decisão
  5. O quinto texto, que explora alguns aprendizados ao lidar com decisões colaborativas, é Nem sempre temos todas as respostas, e isso é ok
  6. Aguarde o sexto texto da série, sobre A Visão da Empresa como Framework de Tomada de Decisão, em alguns dias.
  7. O  sétimo texto será sobre e Decisões Difíceis e Como Comunicá-las. Em algumas semanas.

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Gostou? Quer continuar?
>> Próximo texto da série: Existe uma lógica melhor para decisões em momentos de crise?

 



Referências: